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terça-feira, 24 de junho de 2008

A boa vida na Am'erica


Publicada por luism à(s) 13:30 Sem comentários:
Etiquetas: Estava mesmo quentinha as 23h
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Luis Correia Dix it

Depois da primeira jornada bem sucedida de Regoufe a Drave, seguiu-se a segunda, de Regoufe a Covêlo de Paivô.O dia tinha começado muito cedo, para um Domingo enublado e frio de Março. Dos mais de 20 fanfarrões inscritos apenas compareceram 11 decididos e determinados!... Mais ou menos apetrechados, munidos de muito entusiasmo e com o "roadbook" elaborado com as anotações que no dia anterior tinha feito numa volta de reconhecimento, por conta própria, pusemo-nos ao caminho, ainda com caras de muito sono.A primeira concentração necessária ocorreu numa pastelaria já conhecida, no início da estrada para S. Pedro do Sul, para café e reorganização do grupo. Chegados a S. Pedro do Sul, nova pausa de reorganização e para a primeira surpresa, pela desistência inesperada de dois dos participantes. Ainda tentámos demovê-los, mas em vão, um pouco compreensivelmente, face às condicionantes apresentadas. Ficará para uma próxima... Iniciámos a etapa seguinte, rumando a Santa Cruz da Trapa. A subida para o S. Macário por Stª. Cruz da Trapa faz-se por uma estrada de montanha, estreita e em mau estado de conservação, mas com uma paisagem agreste e sempre deslumbrante que compensa os buracos da estrada. As nuvens cada vez mais escuras e carregadas começaram a despejar a chuva que até aí só tinham ameaçado.Ora chovia ora parava, mas sempre aquelas nuvens negras e ameaçadoras sobre nós a agoirar o pior.Já depois do Portal do Inferno, como o tempo não parecia querer mudar, parei e inquiri o grupo sobre a continuação da aventura, ao que responderam quase em uníssono e, surpreendentemente, ainda mais entusiasmados, que era para continuar, com certeza! Fiquei contente e seguimos, agora convencido como tinha ficado de que não havia dúvidas sobre a determinação de todos e da coesão do grupo resistente. Éramos nove porque a Sandra o Gonçalo e a filha, ( a Carolina, um botãozinho de rosa lindíssima e simpatiquíssima) juntaram-se a nós mais tarde, no final da 1ª parte do percurso, com o carro e mantimentos, porque a Carolina ainda é muito pequenina e não teria condições de fazer aquele percurso, nem ao colo ou às cavalitas.Dirigimo-nos até ao final do percurso pedestre, para deixarmos um dos carros com os mantimentos, regressando nos outros, a Regoufe e pusemos as "botas" ao caminho. O Nelson, como sempre, foi um companheiro divertidíssimo e incansável, sempre com piadas, anedotas e apartes que fazem rir toda a gente e criam muito boa disposição. Chegado a Regoufe foi, de novo, um festival com ele, mas desta feita, por causa da fobia incontrolável que ele tem aos cães. Foi uma risada. - "Ó Luís, caraças, lá vem um! Diz-me lá como é que eu tenho que fazer… Depressa!!!"... Eu também não me sinto muito à-vontade com o gado bovino, principalmente por desconhecimento do seu comportamento e algum desconforto com o tamanho dos bichos, mas hoje já consegui estar mais perto deles: já lhes toquei e, de facto, são uns gigantes muito mansos e simpáticos.De manhã e como tinha chovido, as lajes do caminho estavam molhadas e muito escorregadias, o que motivou alguns "bate-cús" para quase toda a gente, mas sem consequências.O tempo continuava desencorajador, embora não chovesse, mas a determinação do grupo era muito forte. Do caminho ancestral, pedestre e de carros-de-bois, que bordeja a encosta acompanhando o vale, primeiro da ribeira de Regoufe e depois do Rio Paivô, a paisagem que se avista é avassaladoramente fantástica! Todos enchemos a alma, daquela montanha e daquela imensidão telúrica, onde até o silêncio é inspirador. Muita pedraria, com penedos de dimensões verdadeiramente imponentes, às vezes em equilíbrios prodigiosos, mas também muitos e belos exemplares da floresta autóctone de sobreiros centenários. O mato, mais rasteiro parece rivalizar entre si em cores e exuberância de forma. E nos ares esvoaçavam as aves; as de menor porte, irrequietas, tanto nos seus trinados harmoniosos, como nos seus movimentos e voos faiscantes e as de rapina, de maior porte, pairando mansa mas perscrutadoramente lá bem no alto, descrevendo grandes círculos em voos planados, ora subindo ora descendo, ao sabor das correntes de ar. Cá em baixo os lagartos e as lagartixas, por causa da chuva e do frio da manhã, preferiram dormir até mais tarde e só foram aparecendo de tarde, na nossa etapa de regresso e apenas quando o Sol surgia por momentos. Ao longe e agilmemte empoleirados nos penedos, de forma que às vezes parecem desafiar as mais elementares leis do equilíbrio, pastava um ou outro rebanho de cabras e cabritos, sempre esquivos, atrevidos e curiosos. Animal simpático e divertido, na minha apreciação.Finalmente, ao fim dos primeiros 4,5 km do percurso avistámos Covêlo de Paivô, uma aldeia pequena mas muito simpática. E lá estava já a Sandra e a família à nossa espera! Para quem nunca tinha posto os pés naquele "fim-do-mundo" e mesmo com o auxílio do "roadbook", foi um feito, conseguir dar como caminho!Mas o melhor ainda estava para vir… Quando nos preparávamos para tirar os mantimentos que tínhamos na mala do carro do Luís, percebeu-se, com alguma estupefacção e apreensão que parecia haver algum problema com a chave do carro… Eles não tinham a chave do carro! Ninguém sabia da chave do carro!!! Tê-la-iam perdido no caminho? Teria ficado trancada dentro da mala do carro? Teria caído no meu jeep, aquando do regresso ao início do percurso? Começou a inquietação. O que fazer? Como fazer? O Nelson a vociferar que depois de tanto caminhar, nem sequer poderia cheirar o leitão que estava fechado na mala do carro!!! Tentámos por todos os meios razoáveis abrir o carro, com arames e tudo, mas em vão. Por essa altura tornou-se óbvio que alguém teria que ir, num instante a Regoufe ver se a chave estava no meu jeep. Saíram o Luís e o Gonçalo e a espera parecia interminável. A Teresa agonizava, uns e outros conjecturavam e o Nelson, fazia desesperadas tentativas de contacto telefónico, até que o Luís atendeu e lhe disse que não tinham encontrado a chave! A notícia caiu que nem uma bomba e as reacções variaram entre o cepticismo e o desânimo cada vez mais difícil de disfarçar. A Sandra fazia render a sua posição, sublinhando quão providencial tinha sido a sua decisão de vir ter connosco, pois sempre tinha trazido algo que comer. A Natália não parava de assediar a Márcia para que a pobre partilhasse com todos a sanduíche e a barra energética que sobravam na sua bolsa. O Nelson já há muito tinha passado a fase do desespero e já fazia piadas com a situação e eu já me conformava com mais um dia de caminhada sem almoçar… Mas eis que se ouve o barulho de um carro a chegar e ainda a ASTRA do Gonçalo não tinha acabado de fazer a última curva, já todos tínhamos notado o sorriso gaiato do Luís, não se contendo mais em manter a farsa! Afinal, ia haver almoço...Rejubilantes e aliviados, cada um pelas mais diferentes razões, todos corremos para os carros e foi num ápice enquanto as bagageiras foram esvaziadas dos seus conteúdos tão sofridamente desejados. O "pic-nic" de almoço foi, outra vez farto e, desta vez, ainda mais variado. Até leitão havia! Queijos, fumeiros vários, febras com molho picante, frango de churrasco, rolo de carne assada, omeletas, torresmos, empadas, rissóis, "croquettes", azeitonas, pão de mistura vário, doces, bolos, fruta, água, vinho, sumos e eu sei lá mais o quê...No final, bem dispostos e saciados, passeámo-nos pelos arruamentos da simpática e acolhedora aldeia, embora os cães continuassem a despoletar facilmente no Nelson um comportamento fóbico, que muito nos divertia.De regresso ao local de partida para a 2ª etapa, a Sandra encheu-se de coragem e decidiu acompanhar-nos pela montanha acima. O Gonçalo partiu de carro com a Carolina e o Luís deixou de novo o carro, para recolher no final da aventura.O Sol fez-nos mais companhia no regresso a Regoufe. As lajes do caminho agora estavam secas e, por isso, não tão perigosas como de manhã, mas as dificuldades do caminho cedo se começaram a fazer sentir. O andamento diminuiu notoriamente, na proporção que aumentavam as queixas. Os músculos retesavam-se sacrificadamente a cada desnível maior para vencer e a respiração ofegante pouca energia deixava para a conversa ou mesmo para as queixas. Mesmo a beleza omnipresente da paisagem foi perdendo a atenção da maioria, mais concentrada em gerir o esforço exigido. Parámos algumas vezes para recuperar o fôlego e reorganizar o grupo e, a meio da tarde, o final do percurso fez-se alegremente adivinhar. Em Regoufe de novo, os cães e o Nelson voltaram a fazer as delícias de toda a gente que, embora cansados, exibiam agora aquele ar triunfante de missão cumprida.E venha a próxima!...

O Mauzão

O Mauzão
que medo Necho!!!!!!!!!!!!!

O ultimo passo

Mais, um passeio com novas peripécias.
Desde o cagão, ao homem da chave tudo aconteceu.
Os cães, as vacas, as cabras e as galinhas, mas o pior de tudo foram as pedras....

covelo de paivó

covelo de paivó
O norte no seu melhor

AS Vacas andam loucas